Aumenta adoção de criança acima de 2 anos na Bahia
Em 2008 houve um aumento de 100% no número de adoções internacionais tardias (de crianças acima de dois anos) acompanhadas pela Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), na Bahia, chegando a oito crianças de mais de sete anos de idade, entre as dez adotadas por casais de outros países, se comparado aos números do ano anterior.O resultado está sendo comemorado pela equipe, em razão de, normalmente, as pessoas interessadas em adotar preferirem crianças com menor idade. Outro dado positivo é que nos últimos três anos a Ceja possibilitou a adoção de três grupos de três irmãos, algo raro, mesmo se tratando de adotantes estrangeiros, disse a secretária do comissão, Simone de Castro.
Para ela, todos esses avanços são fruto de um trabalho que a Ceja vem realizando com as 11 entidades internacionais cadastradas para que seus dirigentes influenciem os pretendentes a aceitarem crianças mais velhas de idade e em grupos de irmãos, até mesmo portadoras de doenças degenerativas. Segundo a secretária, o país que vem respondendo mais positivamente a esta campanha é a Itália, para onde foram de 35 das 45 crianças adotadas nos três últimos anos e onde se concentram 55% dos organismos cadastrados na Comissão. As demais foram para a Alemanha, França, Holanda, Espanha, Luxemburgo e Suíça.
Simone de Castro atribui o desempenho da Ceja no ano passado também à implantação do Cadastro Nacional de Adoção, que permitiu a verificação mais rápida da existência de pretendentes em território brasileiro seguida da disponibilização das crianças para adoção internacional. Outros fatores, diz a secretária, foram o empenho da equipe da Ceja e o trabalho conjunto com as Varas da Infância e da Juventude e demais instituições ligadas à área, a exemplo dos conselhos tutelares e do MP, por meio do Sistema Integrado de Acompanhamento de Abrigos, que possibilitou encontros nas comarcas de Ilhéus, Porto Seguro, Jiquiriçá e Barreiras, além da de Salvador.