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Equipe do CNJ confere iniciativa bem sucedida para jovens infratores em Minas Gerais

Equipe do CNJ confere iniciativa bem sucedida para jovens infratores em Minas Gerais

Uma equipe do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), formada pelo conselheiro Guilherme Calmon e pelos juízes auxiliares da Presidência do CNJ Douglas Martins e Marina Gurgel, esteve nesta segunda-feira (15/7) em Belo Horizonte (MG) para conhecer o Programa Portas Abertas, dirigido a adolescentes em conflitos com a lei. O programa, lançado pelo governo do estado em abril deste ano, busca incentivar a aplicação de medidas socioeducativas em meio aberto, a fim de desestimular a reincidência entre os jovens que cometem atos infracionais.

O programa foi apresentado ao grupo pela subsecretária de Atendimento das Medidas Socioeducativas da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Camila Nicácia. Também participaram da reunião o secretário de Defesa Social de Minas Gerais, Rômulo Ferraz, o juiz auxiliar da Presidência do TJMG, Nicolau Lupianhes Neto, o desembargador Wagner Ferreira, coordenador da área de Infância do TJMG, e o membro auxiliar do Conselho Nacional do Ministério Público, Carlos Martheo.

"Verificamos em todo o país uma dificuldade na aplicação das medidas em meio aberto - muitas vezes não há um efetivo acompanhamento ou fiscalização -, mas aqui a gente percebe que o programa está funcionando", afirmou o conselheiro Guilherme Calmon. "A forma como o programa está estruturado mostra à sociedade que o adolescente está, sim, respondendo a uma medida socioeducativa, mas ao mesmo tempo atende ao Estatuto da Criança e do Adolescente e à Lei do Sinase", complementou.

Reincidência - O programa desenvolvido em Minas Gerais, segundo o conselheiro, prevê que o adolescente participe de atividades voltadas para a educação, o ensino profissionalizante e até atividades culturais. O objetivo é estimular o jovem a voltar a viver em sociedade e a não cometer novos atos infracionais. De acordo com o conselheiro, o governo de Minas já percebe uma redução significativa na reincidência, embora ainda não tenha um levantamento que comprove essa percepção.

"Essa visita nos mostra que é preciso acabar com a ideia de que não há como efetivar o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei do Sinase", disse. "Esse é um projeto que está funcionando bem e que pode servir de exemplo para outros estados e para o Distrito Federal", reforçou.

Foram apresentadas à equipe do CNJ três experiências bem sucedidas do programa no estado, nos municípios de Pará de Minas e Belo Horizonte e na região de Lavras, onde um consórcio de municípios foi formado para a implementação do programa. Nesta terça-feira, a equipe do CNJ visitará a penitenciária Nelson Hungria, na região de Contagem.

Tatiane Freire
Agência CNJ de Notícias, com informações do TJMG