OAB-BA defende manutenção de comarcas em encontro com diretor da Justiça Federal na Bahia

"Esse estudo constatou que na Bahia existem varas ociosas e outras extremamente demandadas, a mais crítica é a de Alagoinhas. Então eu nomeei uma comissão para nos apresentar sugestões de remanejamento, mas que ainda são proposições preliminares", afirmou o juiz, que disse ainda contar com sugestões da OAB-BA, Ministério Público e outros órgãos vinculados à Justiça para realizar as alterações.
O presidente Luiz Viana expressou a preocupação da Ordem com a possibilidade de comarcas serem fechadas e com isso comprometer a prestação do serviço jurisdicional. "Viemos aqui saber qual é o cronograma dessas mudanças e para nos colocarmos à disposição da Justiça Federal para ajudar naquilo que estiver ao nosso alcance", afirmou.
Ele ainda agradeceu a receptividade do diretor da Justiça Federal e afirmou que entregará um parecer da OAB-BA sobre o caso. "Faremos um documento explanando a nossa visão sobre o assunto para assim contribuirmos com a melhoria do Judiciário", afirmou.
Menos comarcas, mais problemas
Os presidentes das subseções são unânimes em afirmar que a redução do número de comarcas é um entrave à prestação jurisdicional. "Será um retrocesso caso aconteça das comarcas fecharem. Estamos aqui para mostrar a necessidade delas não só para a advocacia, como para a sociedade", afirmou Maria do Socorro Rolim.
Os presidentes das subseções são unânimes em afirmar que a redução do número de comarcas é um entrave à prestação jurisdicional. "Será um retrocesso caso aconteça das comarcas fecharem. Estamos aqui para mostrar a necessidade delas não só para a advocacia, como para a sociedade", afirmou Maria do Socorro Rolim.
A presidente da OAB em Paulo Afonso está lutando ainda pela instalação de uma segunda vara da Justiça Federal no município. Segundo ela, esse acréscimo não trará nenhum ônus erário à Justiça. "Lá temos dois magistrados e o prédio comporta uma segunda vara. Portanto, não há motivos para esse retrocesso", frisou.
Edvaldo Ramos destacou que foi uma luta intensa para instalar a vara de Bom Jesus da Lapa, que está em funcionamento há apenas quatro anos e atende 24 municípios. "Quem faz esse rezoneamento não conhece geograficamente a região, então, muitas vezes, toma medidas que afastam a população do Judiciário".
De acordo com Paulo Pinto, a subseção judiciária da Justiça Federal de Alagoinhas atende a 22 municípios e, principalmente, as pessoas mais necessitadas. Ele ressaltou que desde que foi instalada, em 2012, a população da região aumentou bastante e com a crise econômica mais pessoas passaram a recorrer à Justiça.
"Na contramão disso, estão tentando tirar a vara de Alagoinhas com a justificativa de que a cidade está a 116 km de Salvador, mas se o jurisdicionado pode percorrer essa distância, os juízes e servidores também podem. Assim, vai se cumprir o que está escrito na Constituição e o cidadão vai ter acesso à Justiça".
Foto: Angelino de Jesus/OAB-BA