OAB-BA participa da 7ª Caminhada da Pedra de Xangô

A OAB-BA atendeu a um convite formal da Associação Pássaros das Águas, que promove a caminhada desde 2010, sempre no segundo domingo de fevereiro, e esteve representada pela sua Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, criada nesta gestão. "A OAB se opõe a qualquer violação, supressão ou negativa de direitos e liberdades, bem como a toda tentativa de deturpação da ordem e segurança, democraticamente conquistadas, que impeça a fruição de direitos eminentemente humanos, por isso, ditos fundamentais. A Bahia deve ser a protagonista da mudança, a fim de conciliar o que for reconciliável, sem deixar, todavia, de posicionar-se energicamente em face do aviltamento da dignidade humana sob o fundamento da fé. A OAB é Bahia", declarou a presidente da comissão, a advogada Maíra Vida.
Para a vice-presidente da OAB-BA, Ana Patrícia Dantas Leão, "há um longo caminho a percorrer no combate à intolerância religiosa, triste realidade vivenciada aqui na Bahia, sobretudo em face dos seguidores de religião de matriz africana, mas não só em face destes. A realização desta caminhada e a participação da OAB da Bahia, apoiando-a, é mais um passo nesta direção. A liberdade de crença é decorrência do Estado Democrático de Direito e um caminho necessário à convivência pacífica, harmoniosa e respeitosa entre as pessoas", concluiu.
O presidente da OAB-BA, Luiz Viana Queiroz, lembrou que em 2014 a Seccional promoveu uma audiência pública sobre intolerância religiosa na Bahia que lotou o auditório de sua sede, na Rua Portão da Piedade, reunindo representantes de diversas religiões. "Agora nós criamos a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa para dizer àqueles que precisarem da OAB que podem contar conosco. Estaremos aqui para defender a liberdade religiosa, combater a intolerância e fornecer o ambiente de trabalho e discussão propício para que todas as religiões se entendam. A intolerância é uma construção histórica que precisa ser desconstruída urgentemente", afirmou.
O evento contou com a presença de inúmeros representantes do poder público, da SEPROMI, SEMUR, Ouvidoria Geral do Estado, Fundação Gregório de Mattos e Secretaria da Cultura e Turismo, diversos líderes de religiões de matriz africana, movimentos sociais e organizações não governamentais. Na ocasião, o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, anunciou que, atendendo a uma demanda antiga dos organizadores da caminhada, o local será tombado pelo município até o mês de junho ou julho.