CNJ acolhe denúncia feita pela OAB e decide apurar nepotismo no Pará
Belém (PA), 19/03/2011 - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai apurar as denúncias de nepotismo feitas pela Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB/PA) envolvendo o Governo do Estado e o Poder Judiciário. A ministra corregedora do CNJ, Eliana Calmon, já nomeou dois juízes para ir a Belém e investigar o caso in loco.
Na semana passada, o presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, ingressou na Justiça Federal com uma ação civil pública pedindo a anulação de nomeação de assessores, porque configuraria nepotismo cruzado entre Executivo e Judiciário. Desde então, quem virou alvo de críticas foi o próprio Jarbas. Anteontem, a Associação dos Magistrados do Pará (Amepa), por exemplo, acusou a entidade de querer fazer "sensacionalismo" com o assunto.
"Hoje (ontem) na manifestação da Amepa, um dos representantes questionou se nenhum parente de magistrado poderia exercer cargo em órgão púbico. Pode, é só os familiares fazerem concurso. Nepotismo cruzado não é só o fato da reciprocidade. Nepotismo é eu me prevalecer do fato de ser um agente político integrante do poder e dessa condição pedir a outro integrante de outro poder que contrate os meus familiares que eu não posso contratar", declarou Jarbas Vasconcelos. (O Liberal)