OAB-BA realiza Primeiro Ciclo de Mulheres em Carreira Jurídica

Segundo a vice-presidente da OAB-BA, Ana Patrícia Dantas Leão, primeira mulher a ocupar o cargo na seccional, “é um papel da entidade fomentar eventos jurídicos onde as advogadas tenham fala e espaço”. “Esse ciclo vem, justamente, para mostrar que as profissionais mulheres são tão capacitadas quanto os homens e podem contribuir tanto quanto eles nas discussões jurídicas”, disse.
Para a tesoureira Daniela Borges, o evento serviu como pontapé inicial para pôr fim a uma disparidade que existe, hoje, entre o número de profissionais que atuam na área e sua respectiva participação nos eventos. “Cerca de metade dos profissionais da advocacia é composta, atualmente, por mulheres, mas, quando chegamos nas palestras e seminários, percebemos que há uma predominância de homens. Então é importante que possamos promover eventos em que essas mulheres tenham espaço de fala e contribuição para a construção do direito”, destacou.
A criação de um arquivo com nomes de advogadas palestrantes também foi mencionada pela presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-BA, Andréa Marques, como uma importante contribuição do evento para o cenário jurídico baiano. “Como parte de uma política institucional da OAB-BA, trouxemos, hoje, mulheres que têm mestrado, doutorado, autoras de importantes artigos, como opções de nomes para a criação de um banco de dados da ESA, que servirá para fomentar os eventos realizados na área”, explicou.
A iniciativa foi elogiada pela diretora de Planejamento da OAB Jovem, Érica de Meneses, e pela conselheira Daniela Portugal, que destacaram a importância do evento para o empoderamento da mulher na área jurídica. “Foi louvável discutir, hoje, temas relacionados ao universo feminino, com mulheres que já têm uma construção jurídica, praticando o empoderamento feminino na entidade”, disse Érica. “Estou feliz por ter participado da discussão de temas importantes, como crimes de ódio, entendendo um pouco mais sobre o machismo e pensando no nosso compromisso de modificar esse cenário”, disse.
“Não podemos parar de falar jamais sobre a questão feminina, principalmente no âmbito do Direito, que sempre foi um ambiente conhecidamente masculino, marcado por dispositivos de gênero e patriarcado. A OAB-BA está de parabéns”, concluiu a palestrante Bruna Silva.
Foto: Angelino de Jesus (OAB-BA)