Depois de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça, divulgada pela sua assessoria de imprensa, as partes resolveram pedir indenização aos jornalistas por terem seus nomes publicados. Este é apenas um exemplo do que pode acontecer no dia-a-dia dos profissionais que trabalham na área de comunicação dos tribunais. Durante o IV Encontro dos Assessores de Comunicação Social da Justiça Federal, nesta terça-feira (3/3) em Brasília, jornalistas discutiram a possibilidade de criação de regras de redação e a normatização de notícias nos sites do Judiciário.

Renato Parente, secretário de comunicação do Supremo, Miriam Moura, do Superior Tribunal de Justiça, e Silvana Freitas, do Tribunal Superior Eleitoral, mostraram como padronizam as informações divulgadas pelos seus tribunais. No STF, por exemplo, as notas publicadas não citam os nomes das partes, apenas as iniciais. Políticos, porém, podem ter seus nomes divulgados. Segundo ele, é preciso evitar o uso do Judiciário como forma de intimidar pessoas ou instituições.

Silvana Freitas disse que o TSE adotou manual de redação e glossário jurídico e destacou que “simplificar a linguagem requer segurança na tradução das questões jurídicas”.

Para a assessora do STJ, Miriam Moura, o trabalho de esclarecimento pontual aos jornalistas, com explicações detalhadas sobre o processo e a decisão, é uma tarefa árdua e pouco visível, mas que dá resultados concretos: notícias divulgadas na mídia sem erros.

O IV Encontro de Assessores de Comunicação Social da Justiça Federal termina nesta quarta-feira (4/3). Na programação está previsto um minicurso sobre Comunicação Pública e Cidadania, conduzido pelo doutor em Comunicação Social Jorge Duarte, e conferências da jornalista e presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Teresa Cruvinel, sobre a comunicação no poder público. O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Mattos, também está entre os convidados a palestras no encontro.

Com informações das Assessorias de Comunicação do CJF.