Brasília, 04/03/2009 - Deputados e senadores que integram a recém-criada frente contra a corrupção decidiram traçar uma agenda interna de votações no Parlamento e uma estratégia de aproximação com órgãos de fiscalização, investigação e controle, como o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público. Além disso, os parlamentares percorrerão instituições da sociedade civil como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para aproximar o movimento da sociedade.

"Não podemos ficar isolados aqui dentro do Parlamento", disse o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que integra a Frente. À noite, cerca de vinte deputados e senadores fizeram a primeira reunião de trabalho do grupo anticorrupção. Entre os projetos que os parlamentares pretendem levar adiante estão o fim do voto secreto no plenário e o fim do foro privilegiado em vários setores do poder público.

Outro ponto que deverá ser discutido é a reforma do Conselho de Ética da Câmara. Na reunião de ontem, os parlamentares discutir um cronograma de atuação e a dividir as tarefas para buscar projetos já em tramitação na Câmara e no Senado.