Maceió (AL), 11/03/2009 - O superintende da Polícia Federal, José Pinto de Luna, afirmou hoje (11) que a Ordem dos Advogados do Brasil foi a responsável pela ida da "força-tarefa" de delegados da PF a Alagoas. A comissão irá atuar na apuração dos mais de 700 inquéritos eleitorais decorrentes das eleições municipais ocorridas no ano passado e cujas irregularidades foram levantadas pela entidade da advocacia. A força-tarefa é formada por oito profissionais, sendo dois delegados, dois escrivães e quatro agentes.

Há aproximadamente um mês, o presidente da OAB-AL, Omar Coêlho, viajou a Brasília. Por intermédio do presidente nacional da OAB, Cezar Britto, esteve reunido com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministro Carlos Ayres de Britto, e com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para relatar a grave situação dos inquéritos eleitorais em Alagoas e solicitar a presença da força-tarefa para concluir centenas de inquéritos.

A força-tarefa irá atuar na apuração de mais de 700 inquéritos. Deste universo, já foram instaurados 300 inquéritos, mas não foram concluídos por falta de pessoal e infra-estrutura da PF no Estado. Os agentes federais foram enviados do Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Piauí e São Paulo. Eles atuarão em duas equipes, divididas pelo interior.

Pinto de Luna relatou aos agentes federais que compõem a força-tarefa, a grave situação em que se encontra o Estado quanto ao combate à corrupção eleitoral. "Isso é Alagoas: seis eleições serão realizadas novamente e nove deputados foram afastados". Luna ainda comparou o Estado a um "campo de batalha" e pediu "dedicação mais do que normal" na apuração dos inquéritos.