Notícias

PM contratou matadores de aluguel para matar membro da OAB-PE

João Pessoa (PB), 29/01/2009 - A polícia civil acredita que o advogado Manoel Mattos, membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco teria sido morto por vingança. O sargento da Polícia Militar da Paraíba Inácio Flávio Pereira teria contratado dois matadores de aluguel para a execução, segundo a polícia, porque Manoel Mattos teria denunciado o policial à CPI da Pistolagem, que apurou crimes de extermínio na Zona da Mata. Após ter sido denunciado por Mattos, o militar passou cerca de cinco anos preso e depois foi posto em liberdade.

Segundo a polícia, testemunhas da cidade de Itambé, onde o advogado morava, afirmaram que o PM ameaçava a vítima. "A polícia chegou até o militar após identificar o dono da arma. Cláudio Roberto Borges, que também está preso. Ele confessou que emprestou a arma ao suspeito de ser mandante do crime", explicou a delegada Ane Karoline Carneiro, que auxilia o delegado paraibano Walter Brandão, que preside o inquérito.

Além das polícias civis de Pernambuco e da Paraíba, dois delegados da Polícia Federal estão dando suporte ao caso. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pede a federalização do caso, ou seja, que as investigações do crime fiquem a cargo de um delegado federal e seja julgado pela Justiça Federal. O deputado federal Fernando Ferro (PT/PE), de quem Manoel foi assessor, também pede a federalização do crime.

O pedido já foi entregue ao ministro da Justiça, Tarso Genro, durante encontro realizado ontem em Brasília. Ferro solicitou ainda que a família do advogado pernambucano seja incluída no programa de proteção a testemunhas do Governo Federal. "Pedi que a família dele e outras testemunhas recebessem proteção especial", declarou o parlamentar.