Os participantes da turma de internos da Colônia Penal de Viana, no Espírito Santo, que concluíram os cursos profissionalizantes oferecidos pelo projeto de ressocialização desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo já garantiram acesso ao emprego. Na tarde desta segunda-feira (23/03), os  33 internos do projeto participaram da formatura, que contou com a presença de autoridades, representantes de empresas privadas e familiares dos apenados.

Ao todo, foram 16 formandos na área hidráulica e 17 como pintores e gesseiros. De acordo com a coordenação do programa, 25 internos já estão trabalhando e quatro estão encaminhados para empregos em empresas parceiras do projeto. Um dos formandos, Jefferson da Conceição, que concluiu o curso de instalações hidrossanitárias, confirma que irá trabalhar em uma das empresas parceiras do projeto.

"Estou feliz. É uma oportunidade de profissionalização que eu nunca tive. Espero continuar os estudos e permanecer na empresa", comemora o novo bombeiro hidráulico, que estava acompanhado da família.

O desembargador Annibal de Rezende Lima participou da solenidade e afirmou que o Poder Judiciário está empenhado em desenvolver ações que garantam a ressocialização. "Na área penal, o Judiciário não pode se ater aos julgamentos, a ressocialização é uma questão a ser buscada", destacou o magistrado.

O secretário de Justiça, Ângelo Roncalli, afirmou, que após a formatura de hoje, o projeto de ressocialização vai continuar e novas turmas serão formadas. "O projeto de ressocialização apresenta resultados bastante positivos e  certamente terá prosseguimento", destacou. Além do Judiciário, participam do projeto, a Secretaria de Justiça, o Instituto Federal do Espírito Santo - IFES, o Sesi, empresas privadas e sindicatos.

As aulas para os cursos oferecidos pelo programa acontecem em um galpão adaptado na própria Colônia Penal. Para participar do projeto, os internos tem que obedecer a critérios como boa conduta e assiduidade.