Conferência refletiu a pluralidade da mulher advogada
Evento promoveu 24 debates, com cem mulheres palestrantes de diferentes áreas da advocacia, em uma programação diversa
Vinte e quatro debates foram travados durante a IV Conferência Estadual da Mulher Advogada, realizada nas últimas segunda (22) e terça-feira (23), no Centro de Convenções Salvador, pela OAB da Bahia. Com cem palestrantes mulheres e a maioria do público feminino – mais de 1,4 mil pessoas passaram pelo evento - as discussões refletiram a pluralidade da mulher advogada, contemplando aspectos como violência de gênero a questões relacionadas à advocacia feminina.
“O número de crimes contra as mulheres aumentou significativamente e, por esta razão, tratamos diversos temas que permeiam políticas de enfrentamento à violência contra a mulher e ainda assuntos muito caros para a advocacia feminina e a mulher advogada”, avaliou a presidenta da OAB da Bahia, Daniela Borges.
Com a proposta de provocar a reflexão e, ao mesmo tempo, tratar sobre projetos e ações que discutissem caminhos para mudar o mundo, a IV Conferência Estadual da Mulher Advogada teve 24 horas de programação. “O encontro abordou, este ano, uma série de questões ligadas à pluralidade e à responsabilidade social, trazendo marcadores temáticos como igualdade de gênero e de raça, sustentabilidade e meio ambiente, políticas públicas, promoção da igualdade social e participação nos espaços de poder”, destacou a presidente da OAB da Bahia.
Promovida pela OAB da Bahia a cada três anos, a Conferência Estadual da Mulher Advogada surgiu como parte do plano de política de valorização da advocacia feminina na Bahia. Desde então, o evento ganhou notoriedade e atualmente é um dos maiores do país.
Pela primeira vez, a Conferência foi realizada pela OAB da Bahia com uma mulher à frente da presidência, além de uma diretoria predominantemente feminina.
Palestra Magna
A palestra magna ficou a cargo da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, que afirmou, em seu pronunciamento: “É urgente que a gente transforme a história. As leis não bastam. É importante que a gente cultive nossos direitos”.
III Edição do Julho das Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas
Em razão da comemoração do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, a Conferência abrigou parte da programação do evento calendarizado da seccional baiana “Julho das Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas”, que está em sua terceira edição. Neste ano, 20 mulheres comprometidas com a defesa dos direitos das mulheres negras receberam o Troféu Tereza de Benguela, uma homenagem da OAB Bahia a mulheres negras que se dedicam à luta por igualdade e justiça.
Novos Espaços
Para as mães e pais presentes no evento, a Conferência ofereceu, gratuitamente, o Espaço Kids, Espaço Amamentação e o Fraldário.