José Sarney recebe 49 votos e é eleito novo presidente do Senado
Três horas após o início da primeira reunião preparatória para a eleição do presidente do Senado, nesta segunda-feira (2), os senadores escolheram José Sarney (PMDB-AP) para conduzir a Casa no biênio 2009/2010. Todos os 81 senadores participaram da votação, dos quais 49 deram seu voto a José Sarney (eram necessários os votos da maioria dos presentes para que ele fosse eleito), enquanto seu concorrente, o senador Tião Viana (PT-AC), recebeu 32 votos. Após ter a vitória proclamada pelo então presidente do Senado Garibaldi Alves Filho, José Sarney assumiu a função destacando o compromisso de fazer um Senado melhor e mais renovado.
No discurso de posse, José Sarney afirmou assumir o cargo pela terceira vez com o senso da maior responsabilidade e a consciência do desafio que esta eleição representou em sua carreira política. Além de agradecer a Deus o destino a ele reservado, saudou os senadores que votaram em Tião Viana; assinalou a admiração, o carinho e o respeito angariados por Garibaldi no exercício da Presidência da Casa e prometeu reafirmar a independência do Senado e exigir respeito à instituição.
Logo após a divulgação do resultado, Tião Viana se disse honrado com os 32 votos recebidos e expressou seu respeito aos votos dados a José Sarney. Depois de desejar "pleno êxito" ao senador pelo PMDB, sustentou que fará o melhor para o Senado no exercício de seu mandato.
Compromissos
Antes de iniciado o processo de votação, os líderes partidários ou seus indicados revezaram-se na tribuna para exaltar os compromissos assumidos por seus candidatos. Falaram em defesa de Tião Viana, apontado na maioria dos discursos de seus eleitores como o candidato da renovação política e da moralização administrativa, os senadores Ideli Salvatti (PT-SC), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Renato Casagrande (PSB-ES), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Osmar Dias (PDT-PR), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Aloizio Mercadante (PT-SP) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Já a indicação de José Sarney foi defendida pelo presidente do Democratas, José Agripino (RN), e por Garibaldi, que chegou a postular a recondução à Presidência do Senado, mas abriu mão em favor de José Sarney. Enquanto Agripino apontou o peemedebista pelo Amapá como o candidato ideal para presidir o Congresso no atual momento de crise internacional , Garibaldi justificou seu voto a José Sarney não só por ter sido escolhido pela bancada do partido, mas pelo apreço pessoal e por avaliá-lo como o mais preparado para conduzir o Senado.
Encerrada essa fase de discursos, Garibaldi deu início ao processo de votação, que foi secreta e realizada por meio de cédulas. Todo o processo foi fiscalizado pelos senadores Geraldo Mesquita Júnior (AC) e Almeida Lima (SE), pelo PMDB, Cristovam Buarque (PDT-DF), Augusto Botelho (PT-RR) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN). Os senadores foram chamados a votar pelo 1º secretário do Senado, Efraim Morais, por ordem do estado que representavam.
A próxima etapa do pleito será a convocação, a partir das 17h, da segunda reunião preparatória para a escolha dos membros da Comissão Diretora: dois vice-presidentes, quatros secretários e quatro suplentes, a ser realizada em três escrutínios separados e também por voto secreto.