OAB condena agressão sofrida por brasileira por simpatizantes nazistas
Brasília, 13/02/2009 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, cobrou hoje (13), com veemência, das autoridades suíças uma apuração rigorosa do ataque sofrido pela bacharela em Direito Paula Oliveira, de 26 anos, foi agredida por três homens brancos, com cabelo raspados, na noite de segunda-feira (9) em Dubendorf, cidade que fica perto de Zurique. Grávida de gêmeos havia três meses, ela acabou perdendo as crianças e sofreu cortes em todas as partes do corpo. "Esse é um sintoma que precisa de uma reação muito forte. Os brasileiros tem sofrido com isso. A própria lei da imigração endureceu com o Brasil. É preciso que demonstremos que somos iguais. E os iguais merecem respeito".
Segundo relatos que fez para o pai, a brasileira havia acabado de sair do trem e ia em direção à casa onde reside com o companheiro, Marco Trepp, quando, segundo ela, foi surpreendida por três homens, aparentemente neonazistas. "Deram socos, chutaram e a cortaram com estiletes no corpo inteiro e até fizeram a sigla SVP nas pernas", afirmou Paulo Oliveira, pai de Paula Oliveira. Quando foi abordada, a bacharel em Direito, que é branca, falava ao celular em português com a mãe, que mora no Brasil, o que faz aumentar a suspeita de que o grupo que a atacou é composto por simpatizantes nazistas. Um dos agressores tinha uma suástica na cabeça.