OAB: morte de Saboya é perda dolorosa para advocacia e cidadania do País
Brasília, 03/02/2009 - Em nota de pesar pela morte do presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Paulo Saboya, ocorrida hoje (03), o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, ressalta que ele foi "exemplo de advogado que vê na profissão mais que um meio de sobrevivência; exercia-a como sacerdócio, a serviço da justiça e do bem comum". Britto se solidarizou com a família de Saboya classificando sua morte de perda dolorosa para a advocacia e a cidadania brasileiras.
A seguir, a íntegra da nota de pesar por Paulo Saboya:
"A morte de Paulo Saboya, presidente do Instituto dos Advogados do Brasil, enluta a advocacia brasileira. Aos 69 anos, era um dos advogados constitucionalistas mais respeitados do país. Colaborador da Ordem dos Advogados do Brasil, presidia o Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho Seccional do Rio de Janeiro, onde já havia sido secretário-geral e vice-presidente.
Foi, porém, mais que um militante da advocacia. Colocou seu saber jurídico a serviço de suas convicções políticas, pelas quais se expôs a riscos pessoais. Integrava, nos idos de 1964, o Partido Comunista Brasileiro, o que o levou, com o advento do golpe militar, a ser cassado e demitido da Petrobras.
Na ocasião, presidia o Sindicato dos Trabalhadores da Fábrica de Borracha Sintética, na refinaria de Duque de Caxias. Anistiado, retomou a militância política com o mesmo desassombro dos tempos de sua juventude, o que o levou a exercer o cargo de Secretário de Justiça no governo fluminense de Benedita da Silva, do PT.
Foi exemplo de advogado que vê na profissão mais que um meio de sobrevivência. Exercia-a como um sacerdócio, a serviço da justiça e do bem comum. A OAB associa-se às manifestações de pesar por sua morte e solidariza-se com sua família por essa perda dolorosa para a advocacia e a cidadania brasileiras."
CEZAR BRITTO
Presidente do Conselho Federal da OAB